Um Pescador possuía uma
perola valiosíssima debaxo do seu colchão: Imagine dormir sobre uma grande fortuna por 10 anos sem
se dar conta disso? Foi exatamente o que aconteceu com um pescador filipino,
que, após encontrar esse tesouro, resolveu guardar a imensa pérola embaixo do
colchão, como um amuleto.
Essa, que pode ser a maior pérola já encontrada, tem nada
menos que 34 quilos e mais de 1 metro de comprimento!
Aileen Cynthia Maggay-Amurao, oficial de Turismo da
cidade, disse que o pescador encontrou a preciosidade quando o seu barco ficou
preso nas ilhas Palawan durante uma tempestade. Mesmo considerando o achado
incrível, ele resolveu guardá-lo todo esse tempo e o mundo só tomou
conhecimento da pérola por acidente: a casa do pescador pegou fogo e, ao
vasculhar os escombros, ele encontrou o seu “amuleto” e resolveu entregá-lo
para o centro de turismo.
Foi aí que o homem foi surpreendido com o valor da peça: 320 milhões de reais!
Segundo os responsáveis pelo centro, é bem possível que
essa seja a maior pérola gigante natural do mundo, e ela deverá ficar em
exposição no New Green City Hall, na cidade de Puerto Princesa.[1]
O perigo de não darmos
valor a grandes coisas que estão bem diante de nós. Marcos está começando seu evangelho
demonstrando que a vinda de Jesus é um grande acontecimento.
·
Principio do evangelho:
1.
Principio:
a) Principio do que Jesus fará: O livro todo relata o evangelho de Jesus Cristo, que
provém dele. Mas o principio da boa
noticia que vem de Jesus refere-se a como começou o evangelho que foi trazido
por Jesus, a partir de João Batista até a tentação de Jesus no deserto. Isto é, aquilo que é relatado nos v. 2 – 13, como um pano de fundo
de todo o evangelho. (V. 2 – 8: João
Batista abrindo caminho para a chegada do Cristo. V. 9 – 13: O Cristo iniciando
seu ministério).
A este argumento Hendriksen argumenta,
que Pedro pregando na casa de Cornélio (de quem Marcos aprendeu sobre a vida de
Jesus) começou falando de João Batista
antes de falar sobre Jesus (At. 10. 34 –
43, ver 37). (Hendriksen, p. 49).
2.
Do evangelho
a)
Para gregos e romanos: O termo Grego euanggélion ("evangelho") tinha um tom alegre,
pois estava associado à proclamação de um comunicado político ou de uma vitória
militar que resultara em benefícios para muitas pessoas. Sob essa perspectiva,
o "evangelho" alerta os
leitores ao anúncio de um evento histórico que trará resultados benéficos para
a humanidade. (Mulholland, p. 19).
b)
Para judeus: [evangelho] palavra tem um
significado profético para aqueles familiarizados com o Antigo Testamento. Isso
lembra a promessa de boas novas (Is 61.1 s), renovando a esperança de que, por
meio do seu servo ungido, o Espírito do Soberano Deus proclamará a libertação
dos oprimidos (cf. Lc 4.17ss). Ele traz a segurança de que Deus está presente
(Is 40.9), e está no controle (Is 52.7). (Mulholland, p. 19)
3. Do homem-Deus
a) Jesus Cristo, o homem escohido: No princípio de seu Evangelho, Marcos une os dois termos
Jesus Cristo. Tendo declarado que Jesus é o Cristo, o Messias prometido por
Deus por intermédio dos antigos profetas.. (Mulholland, p. 20)
b)
O filho de Deus: Jesus é chamado o Filho de Deus.
·
Pelo
próprio Deus (no princípio 1.11, e perto do meio do livro, 9.7), e
·
Por
um homem, o centurião encarregado da Crucificação (perto do final dolivro,
15.39).
·
Ele
é o Filho de Deus. Isso é afirmado muitas vezes, de modo a sublinhar sua
importância.
·
E
ao longo do livro de Marcos as obras de Jesus atribui a ele divindade.
·
O
restante das Escrituras apontam para o fato que Jesus é o filho de Deus. (Is
9.6; Mt 28.18; Jo 1.1-4; 8.58; 10.30, 33; 20.28; Rm 9.5; Fp 2.6; Cl 1.16; 2.9;
Hb 1.8; Ap 1.8).
·
O anuncio da chegada de um soberano: Jesus será apresentado ao longo do
evangelho, como o poderoso filho de Deus, totalmente homem, mas também
totalmente Deus. Ao iniciar o seu relato
Marcos inicia com um anuncio real transmitido por um batedor oficial:
Quando um rei está para chegar, normalmente se faz preceder de um
mensageiro. A função do mensageiro é a de preparar o caminho para o rei, e
proclamar sua vinda ou chegada. (Hendriksen, p. 48)
1. A vocação de João Batista: João era filho de Zacarias, um sacerdote. Zacarias era
um homem idoso, casado com Isabel, prima de Maria, e não tinham filhos. Deus
promete dar um filho a Zacarias e Isabel e esse menino precederia ao Senhor na
salvação que traria ao povo (Lc 1. 17, 76 – 77).
2.
João aparece logo no inicio do relato de Marcos: Diferente de Mateus e Lucas, Marcos
inicio o seu relato a partir do ministério de João Batista, assim como o faz
João após um prólogo.
a)
Mateus começa a sua história com uma lista
dos ancestrais, a concepção, o nascimento e a nomeação de Jesus.
b)
Lucas (após uma introdução dedicatória) começa com uma
narração do nascimento de João Batista.
c)
João, por seu turno, começa com a lembrança de que “o
Verbo”, isto é, Jesus Cristo, já existia “no princípio”, ou seja, por toda a
eternidade, e tornou- se encarnado.
3. João registrado em Josefo: Josefo, historiador judeu que escreveu na segunda metade
do primeiro século d.C., também se refere ao Batista. A referência que ele faz
a João relaciona-se com uma descrição do governo de Herodes Antipas, que
mandara matar o profeta. Josefo descreve João como personagem popular entre as
massas, muito respeitado por sua piedade e seu forte apelo à retidão; esta
evidência do impacto causado por João sobre a Palestina do primeiro século pode
ajudar-nos a entender por que os evangelhos ligam o Batista a Jesus de modo tão
explícito. (Hurtado, p. 26)
Portanto, marcos está dizendo que o
aparecimento de João Batista prenuncia a chegada de um grande soberano, que
iniciará uma grande conquista.
Vejamos como João Batista prepara o caminho para Jesus
Cristo é o poderoso filho de Deus.
1)
JOÃO BATISTA MARCA O INICIO DO MAIOR ACONTECIMENTO DA HISTÓRIA (V. 2 – 3)
a.
O principio, Profecia de Isaias: As profecias do AT testamentos
apontavam para a redenção de Deus que viria para o seu povo. Hurtado comenta
que a inserção das profecias servem para mostrar que Jesus e João Batista não
surgiram do nada, mas foram pré-anunciados pelas profecias do AT, o que revelam
claramente a continuidade da obra de Deus . (Hurtado, p. 24)
b.
Conduzindo para uma libertação maior : As profecias despertam expectativas
dormentes por muito tempo. Juntos eles dizem: "Deus está para agir".
Conseqüentemente, aparece Jesus. (v.9).
i.
Citando as profecias: Marcos ligou Êxodo 23.20, conforme
expresso em Malaquias 3.1 e Isaías 40.3.
a.
Êxodo 23. 20: O povo de Israel foi liberto do Egito
e Deus promete conduzir o seu povo durante a sua caminhada até chegar a terra
que lhes havia prometido. Vencendo os inimigos em suas batalhas, concedendo
fertilidade e exapandindo cada vez o seu território. (Ex 23. 20 – 33)
b. Isaias 40. 3:
800 anos após o povo de Israel ter saído do Egito, eles estavam cativos na
Babilônia. Mas Deus, depois de haver purificado o seu povo, promete que os
conduzirá novamente para a terra prometida, iniciando um novo e grandioso
momento para o povo. Na profecia de
Isaías fala de uma voz. (Is 40. 1 - 12)
i.
Voz do que clama o deserto: O próprio João Batista se identifica como sendo a voz do
que clama no deserto, quando questionado que ele era. (Jo 1. 23).
ii.
Deus clama no deserto e sua voz é João Batista.
c.
Malaquias 3. 1 – O povo já está na terra de Israel a
cerca 100 anos depois de ter voltado do cativeiro da Babilonia. Mas Deus ainda
está falando de um novo tempo e da necessidade de se santificar para esse
tempo, que será de juízo e purificação. E esse tempo será iniciado quando um mensageiro
vier.
i.
Preparai o caminho e Endireitem o
caminho: Significava
que aquilo que era indigno de Deus deveria ser retirado da vida deles, para se
prepararem para receber ao Senhor.
c. Deus iniciou o grande acontecimento na história da humanidade:
1. Deus aponta para um resgate maior do que o do Egito e da Babilônia.
2. Deus conduzirá o seu povo para uma nova Canaã celestial.
3.
Deus iniciará um juízo mais severo o
qual jamais foi visto.
4.
Deus purificará o seu povo de uma
forma perfeita e eterna.
Aplicação
·
O maior acontecimento da sua vida é a
vinda de Cristo? É por esse acontecimento que todas as demais coisas ganham
sentido real?
2)
JOÃO BATISTA DENUNCIA O MAIOR PROBLEMA
DA HUMANIDADE (V. 4 – 5)
O local, a mensagem, o sinal e a
resposta do povo diante de João, apontam para a principal barreira do ser
humano para aproximar-se diante de Deus.
a.
O Deserto, um cenário de provação: Apareceu João batizador no deserto (v.
4): Apesar de já
sabermos de quem Marcos está falando,
ele revela o nome de João apenas aqui no v. 4., dizendo que apareceu João,
aquele que batizava, no deserto.
i.
O deserto da Judéia: Hendriksen descreve essas terras como:
“um termo que indica as terras ruins e ondulosas localizadas entre o lado
ocidental das montanhas da Judéia e o Mar Morto, e a parte oriental do baixo
Jordão, descendo do norte até o ponto onde o Rio Jaboque desagua no Jordão. É,
realmente, uma desolação, com uma vasta extensão de terra ondulada e
infrutífera. O solo é formado por rochas porosas e de pouca resistência e
coberto com ervas daninhas, pedras e rochas. De vez em quando pode se ver um
pouco de vegetação, com serpentes rastejando por debaixo dela.” (Hendriksen, p.
54)
ii.
Um novo êxodo: O deserto lembra a experiência de
Israel quando, livres da escravidão do Egito, os israelitas foram disciplinados
por Deus na preparação para a entrada na terra prometida. Agora Deus está
começando um novo Êxodo. Separando-se da vida religiosa fácil e
institucionalizada, multidões vão ao deserto para ouvir a João. (Mulholland, p.
22).
b.
O batismo, um sinal de purificação:
João batizador (v. 4): João traz um sinal conhecido naqueles
dias, praticado por diversos motivos. Mas todos apontavam para a necessidade do
homem de ser purificado de suas impurezas morais.
i.
Batismo de prosélitos: Não era incomum o batismo com água,
mas para prosélitos. Mas João está convocando
o próprio povo de Deus, filhos de Abraão para serem batizados, indicando
que eles também deveria ter uma vida pura.
Chamando os
judeus, como indivíduos e como nação, para voltarem-se a Deus, João prega
imersão (baptizon) como uma expressão do arrependimento. Como acontecia aos
gentios, que eram batizados ao converterem-se ao Judaísmo, os judeus que
confessam estar alienados de Deus são batizados por João. (Mulholland, p. 22).
ii.
Batismo dos esênios: A comunidade de Qunrã, contemporânea
de João, tinha seus batismos de purificação. Mas pouco tem a ver com o batismo
de João.
iii.
Rituais de purificação dos sacerdotes: Joachim Gnilka relaciona às purificações
realizadas no templo. (Gnilka, p. 39)
c. A proclamação, um chamado para arrependimento e perdão: pregando batismo de arrependimento e perdão
de pecados (v. 4): A
mensagem de João era compatível com as profecias sobre ele, ele estava
endireitando as veredas, chamando a que o pecado fosse deixado para traz.
i.
Arrependimento (metanoia) mudança de
mente e prática: Uma
nova atitiude de mente e coração (metanoia).
A palavra metanoia, denota uma
mudança radical de disposição mental que conduz a uma mudança prática em todos
os ambitos da vida. O evangelho de Lucas explica como deveria ser esse
arrependimento segundo o próprio João Batista:
a. Lc 3. 1-14: 8 Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão;
porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10
Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de fazer? ...
11 Respondeu-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem
tiver comida, faça o mesmo. 12 Foram
também publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos
de fazer? 13 Respondeu-lhes: Não cobreis
mais do que o estipulado. 14 Também soldados lhe perguntaram: E nós, que
faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e
contentai-vos com o vosso soldo.
2.
Perdão de Pecados: Ao se arrependerem dos seus pecados
João dizia que eles eram perdoados. Não apenas por serem batizados, mas segundo
a promessa de que ao ser confessado os pecados somos perdoados (Sl 31; Jo 1. 29).
d.
A confissão de pecados, como sinal de
arrependimento (v. 5): Uma
vez que João pregava batismo de arrependimento de pecados, vemos que povo
respondia à mensagem de João de maneira muito pratica.
i.
Avivamento na Terra da Judéia e
Habitantes de Jerusalém: Depois de 400 anos o povo de Israel se viu diante de verdadeiro
avivamento, mas diferente de qualquer haja havido antes. Hernandes Dias Lopes
destaca como isso era um contraste com a frieza espiritual vivida pelos
partidos e grupos daqueles dias que nada aportavam para uma verdadeira
esperança para a salvação do povo de Israel (Lopes, p. 26).
ii.
Estavam sendo batizados: Uma demonstração visível do
arrependimento.
iii.
Enquanto confessavam seus pecados: Uma demonstração audível do
arrependimento. O tempo verbal da palavra confessar
é o particípio, ou seja, Enquanto eram batizados concomitantemente
confessavam os seus pecados.
Aplicação
·
O principal problema da humanidade é o
pecado, confessar o pecado e deixa-lo é a maior necessidade.
o Três niveis da confissão: Barclay diz que a
confissão de pecados deve ser diante de três pessoas (Barclay, p. 18):
§ Alguém deve confessar-se a si mesmo. Forma parte da natureza humana que fechemos os olhos ao
que não queremos ver, e sobretudo, por essa mesma razão, fechamos os olhos a
nossos pecados. Alguém conta o primeiro passo de um homem para a graça. Não há
ninguém no mundo que nos resulte tão difícil enfrentar como nós mesmos. E o
primeiro passo para o arrependimento e para uma correta relação com Deus é
admitir nosso pecado ante nossa própria consciência.
§ Deve-se confessar a todos aqueles a quem se ofendeu. Não valeria de muito dizer a Deus que
lamentamos nosso passado, a menos que também vamos com as mesmas palavras a
todos aqueles a quem tenho causar pena, ofendido ou machucado. É necessário eliminar
as barreiras humanas antes de que caiam as barreiras que nos separam de Deus.
Pode, com muita freqüência, ocorrer que seja muito mais fácil confessar um
pecado a Deus que confessá-lo aos homens. Mas não pode haver perdão sem
humilhação.
§ Deve confessar-se diante de Deus. O fim do orgulho é o princípio do perdão. Quando alguém
diz: "pequei", é quando Deus tem a oportunidade de dizer: "Eu te
perdôo." O homem que quer encontrar-se ante Deus em igualdade de condições
não descobrirá o arrependimento, a não ser aquele que em humilde contrição e
murmurando envergonhado diz: "Deus, tenha misericórdia por mim,
pecador."
3)
JOÃO ANUNCIA A ALGUÉM MAIS O
TODO-PODEROSO (V. 7 – 8)
a. João, o Elias prometido: Para ressaltar a importância do que João estava fazendo, já no AT
testamento se falava de um novo Elias que viria. João é esse novo Elias.
i.
Vestimentas de Elias: Marcos descreve propositadamente a
comida que João comia e as roupas que vestia (v. 6), em termos que nos remetem
à roupa de pelos e o cinto de couro de Elias.
a. 2 Rs 1. 8: Eles
lhe responderam: Era homem vestido de pêlos, com os lombos cingidos de um cinto
de couro. Então, disse ele: É Elias, o tesbita.; (QuandoAcazias pergunta
como era o homem que havia interceptado seus mensageiros que foram consultar
aBaal-zebube)
b. Parecia uma vestimenta típica dos
profetas: (Zc 13.4).
ii.
Malaquias disse que o Dia do Senhor
seria precedido pela vinda de Elias:
a. Ml 4. 5: Eis que eu vos enviarei o profeta
Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR
iii.
Um anjo diz que João virá no poder e
espirito de Elias:
a.
Lc 1. 13-17 : Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi
ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de
João. 14 Em ti haverá prazer e alegria, e muitos se regozijarão com o seu
nascimento 15 Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem
bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.16 E
converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.17 E irá adiante do
Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos
filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o
Senhor um povo preparado.
iv.
O próprio Jesus diz que João Batista
era o Elias:
a.
Mat 11:13-14: Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis
reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir.
b.
Mat 17:10-13 : Mas os discípulos o
interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha
primeiro? 11 Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as
coisas. 12 Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram;
antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há
de padecer nas mãos deles.13 Então, os discípulos entenderam que lhes falara a
respeito de João Batista.(Mc 9. 11 – 13)
b. Um humilde Profeta do deserto: Mas a apesar da importância de João como precursor ele
descrito em traços simples e humildes. A descrição das vestimentas e alimentação
ressaltam o fato de que João era uma pregação viva contra os excessos do
pecado.
i.
A vestimenta simples: Uma vestimenta pratica para o deserto
e simples como foi descrita por Jesus (Mt 11. 8).
ii.
A alimentação simples: A alimentação de João Batista
consistia em mel silvestre e gafanhotos. O mel era facilmente encontrado no
deserto debaixo das rochas ou entre as rochas (Dt 32. 13). Quanto aos
gafanhotos para a civilização ocidental é algo estranho, mas era extremamente
normal naquela região (até hoje) e permitido por Deus (Lv 11. 22). Hendriksen cita um ditado latim; “De gustibus non dispuntandum est” (Gosto
não se discute). (Hendriksen, p. 58). Gnilka argumenta que era apenas a refeição
comum dos que habitavam no deserto. (Gnilka, p. 40)
c. Importância x Humildade:
i.
A importância de João nos evangelhos: A importância da vinda de João é tão
importante que foi registrada em todos os evangelhos. (Mt 3.1-12; Lc 3.4-18; Jo
1.6-8, 15-28). Há muitos acontecimentos no ministério de Jesus que são omitidos
ou resumidos, mas o ministério de João é uma parte fundamental do que Cristo
iria fazer, porque João prenunciava a vinda do novo tempo que viria.
ii.
João reconhece a sua indignidade: João não era digno de soltar as
correias da sandália de Jesus. João
sabia exatamente qual era o seu lugar e sua importância, apesar de ser enviado
como um profeta que prenunciava um grande acontecimento na história da
salvação, João é humilde. (Jo 3. 30).
1. Servos desatavam sandálias: Era um costume os escravos desatarem as sandálias de seus
senhores depois que chegassem em casa, para lavarem os seus pés sujos da poeira
e posteriomentes lavarem as suas sandálias (Lc 8. 44 – 46; Mt 3. 11
2. Distinção entre “Discípulo” e “Servos”: tradição ensina que a diferença entre
os dois é a seguinte: O discípulo estava pronto para fazer qualquer serviço
para o seu mestre, que o servo humilde também realizava, com a exceção do
desatamento das correias das sandálias. (Hendriksen, p. 59)
a. João se considera menos que um
servo humilde, pois não tinha dignidade
de fazer o mais humildes dos serviços prstados a um senhor.
iii.
Jesus é o mais poderoso:
1.
Jesus batizará com o Espírito Santo: João fala do que Jesus fará com muito
maior poder, do que apenas o sinal externo da regeneração, derramando água.
Jesus derramará do Espírito Santo de uma forma nunca visto antes, dando
cumprimento a salvação prometida desde Adão.
a.
Cumprimento da profecia de Joel e
Ezequiel:
i.
Jl 2.28 – 29: E acontecerá, depois, que derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29 até sobre os servos e sobre
as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. (Ver também: Ez 36.26s;
Jr 31. 31 - 34)
ii.
O Cumprimento no
dia de Pentecostes:
2.
Porque Jesus
batizaria com o Espírito Santo?:
a.
Porque o Espírito é o selo da promessa:
O derramamento do Espírito
sobre o seu povo, é o sinal de que a obra de Cristo na cruz, para nos livrar do
pecado, foi aplicado ao crente que aguarda o seu resgate final.
i.
Ef 1. 13 – 14: 13 em quem também vós, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também
crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da
nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
b.
Porque inicia um
novo tempo de testemunho: Jesus inauguraria um tempo o qual
nunca havia sido visto anteriormente. O Espirito Santo derramado por Jesus
capacitaria seus discípulos para serem suas testemunhas.
i.
At 1. 8: mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra.
Aplicação
·
Não podemos nos gloriar de forma
alguma. Se João não
vangloriou, como qualquer outra pessoa teria direito de se exaltar por ser
usado por Deus. João Batista disse
“Convém que Cristo cresça e eu diminua”
·
Curve-se diante de Jesus Cristo e
reconheça que ele é Senhor. Muitos se curvam diante de homens, mas não se curvam diante de Jesus
Cristo que é infinitamente mais poderoso.
CONCLUSÃO
João Batista é o prenuncio de um
grande acontecimento na história da humanidade. A entrada de Jesus Cristo na
história é o maior acontecimento, porque é a expressão máxima do amor de Deus
que resgata homens cativos em seus pecados. Diante de Cristo Jesus o que nos
resta é nos prostrarmos diante dele e confessar que ele é o Senhor e nós somos
seus humildes servos.
Bibliografia
BARCLAY,
William. Marcos. 1974.
BRATCHER, Roberto
G. e Vilson SCHOLZ. Comentários SBB para exegese e tradução - Marcos
versículo a versículo. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
GNILKA, Joachim. El
evangelio segun san Marcos. 4 Edicion. Vol. 1. Salamanca: Ediciones
Sígueme, 1999.
HENDRIKSEN,
William. Comentário do Novo Testamento: Marcos. Trad. Elias Dantas.
São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
HURTADO, Larry W. Novo
Comentário Bíblico Contemporâneo: Marcos. Trad. Oswaldo Ramos. São Paulo:
Editora Vida, 1995.
LOPES, Hernandes
Dias. Marcos, o evangelho dos milagres. São Paulo: Hagnos, 2006.
MULHOLLAND, Dewey
M. Marcos: Introdução e Comentário. Trad. Maria Judith Prado Menga.
São Paulo: Vida Nova, 1999.
[1] Retirado
do Site: http://www.megacurioso.com.br/bizarro/100063-pescador-guarda-perola-de-320-milhoes-de-reais-embaixo-da-cama-por-10-anos.htm
em 21/05/2017
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